4º. Domingo do Tempo Comum – Ano C

4º. Domingo Comum C, 2019 

Atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança e amor – 1Cor 13,13.

Papa Francisco exorta: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas a uma Igreja enferma pelo fechamento e pela comodidade de se agarrar às próprias seguranças (in Evangelii Gaudium, 49).

Estas palavras do Papa Francisco refletem o projeto de vida de Jesus proclamado em Nazaré. A Igreja falada pelo Papa Francisco na exortação “a alegria do Evangelho” não é um templo de pedras e sequer uma instituição religiosa. Ele fala da Igreja com “i” maiúsculo. E esta Igreja é o Povo de Deus que no cotidiano caminha a estrada de Jesus.

Ser Igreja é testemunhar em todos os momentos e atitudes a tomada de decisão de seguir a pessoa de Jesus Cristo. Seguir Jesus é amar como Jesus amou, pensar como Jesus pensou, sorrir como Jesus sorriu, em resumo, viver como Jesus viveu.

Mas, atenção: nem todos quiseram acolher Jesus. E nem todos querem acolhê-lo ainda hoje. Há pessoas que preferem ficar aprisionadas nas suas ideologias, nas convicções pessoais e nos próprios interesses. É a famosa dinâmica do ter, poder e prazer. E para se manter nesta dinâmica do pensar apenas em si, algumas pessoas tornam-se capazes de fazer todo o tipo de mal desfigurando a imagem da própria instituição Igreja. O evangelho de hoje  nos conta a intenção que tinham para eliminar Jesus, lançando-o ao precipício (Lc 4,21-30). Rezemos para que nossos interesses pessoais não eliminem Jesus da nossa vida e da nossa sociedade.

A caridade incomoda, o amor incomoda. Incomodam porque exigem de nós um processo de conversão (cf. 1Cor 12,31-13,13). Não tenhamos medo de mudar de vida, não tenhamos medo de confiar em Deus. Deus mesmo nos diz: estou contigo para defender-te (Jr 1,19).

“Santo de casa não faz milagre”, diz o povo. Não obstante rejeitados, perseguidos, caluniados, difamados, acidentados, feridos e enlameados, caminhemos confiantes seguindo Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pe. Celmo Suchek de Lima

01 de fevereiro de 2019