Paróquia de Santo Antônio

Mensagem › 30/10/2018

Juventude: protagonistas na construção da civilização do amor

A Pastoral Juvenil

Pe. Marcio Adriano Krefer

O Papa Francisco convocou para o mês de outubro de 2018 um Sínodo para a Igreja com o tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, num profundo desejo de dar voz aos jovens e despertar o protagonismo da juventude. A Igreja acredita na juventude e quer estar onde os jovens se encontram, fazer-se presente no mundo digital e nas inúmeras realidades vividas.

Neste artigo, vamos refletir sobre a importância e a finalidade da Pastoral Juvenil na comunidade eclesial. Mas, afinal, o que é Pastoral Juvenil?

A Pastoral Juvenil representa a ação organizada da Igreja em prol da evangelização da juventude e tem como meta ajudar “os jovens a descobrirem, seguirem e comprometerem-se com Jesus Cristo e sua mensagem, de modo que, transformados em seres humanos novos, e integrando sua fé e sua vida, sejam protagonistas na construção da Civilização do Amor” (Estudos da CNBB 103, Pastoral Juvenil no Brasil: identidade e horizontes).

A evangelização da juventude é uma necessidade urgente e cada vez mais missionária, para que os jovens se comprometam com o Evangelho e aconteça uma renovação eclesial. “A Pastoral juvenil é a expressão concreta da missão pastoral da comunidade eclesial em relação a evangelização dos jovens, que será também boa nova para a Igreja e proposta de transformação para as pessoas e para a sociedade” (Estudos da CNBB 103).

O objetivo da Pastoral Juvenil é o processo integral de formação humana do jovem e uma pedagogia que viabilize o processo de educação na fé, de forma que se tornem pessoas integradas e cheias de esperança, comprometidas com a transformação social.

Outro objetivo importante é a presença e espirito de familia. Numa sociedade marcada pelo egoísmo, individualismo e solidão, é necessário educar para a afetividade, para a ternura e a criatividade, ajudando o jovem a reconhecer-se como dom de Deus e parte da criação, como seres inacabados que se constroem no convívio com os outros. O jovem cresce e desenvolve suas potencialidades a partir dos erros e acertos num processo dinâmico de aprendizagem e de construção de sonhos.

A comunidade eclesial é a fonte de toda a energia da pastoral juvenil. O grupo de jovens nasce na comunidade e é um espaço privilegiado de valorização do protagonismo juvenil, da vivencia comunitária e da evangelização. A vivencia grupal é importante para o processo de educação na fé e responsabilidade ante os valores cristãos na sociedade e na familia. O grupo é lugar de experiência no seguimento de Jesus Cristo. É onde se constroem conceitos, partilha de ideias, reconhecimento de que todos são filhos de Deus e onde cada um é reconhecido como pessoa e valorizado como tal.

É no grupo de jovens que acontece a vivência diária da amizade e da busca pelo Reino de Deus. São os grupos que vivem com a comunidade e com ela buscam as soluções para os problemas cotidianos, a vivencia da fé, a participação nas atividades da comunidade, etc. No grupo, os jovens são protagonistas de sua própria história e cultivam os valores do novo homem e da nova mulher e que determinarão sua participação na igreja por toda a sua vida, na perspectiva de construir uma sociedade justa e fraterna.

Nos grupos de jovens é necessário a presença dos assessores adultos para acompanhar e ajuda-los a discernir os valores e o crescimento da fé dos jovens. A função dos assessores adultos é “estar junto com”, acompanhando, inspirando, ajudando e desafiando o grupo no processo de todos serem mais comprometidos e responsáveis.

As reuniões do grupo de jovens devem acontecer frequentemente, pois é um momento fundamental na vida do grupo. É no processo de reunião que o grupo nasce, cresce e amadurece. A reunião é o “miolo” da fruta, na formação integral do grupo jovem que entra no processo. Os jovens são convidados a comprometerem-se na oração, na vivencia da fé e na ação concreta. O grupo é lugar de amizade, de crescimento na fé, de socialização do jovem, de conhecimento integral de si e dos outros, de participação na comunidade, integração na sociedade, vivencia do projeto de vida e discernimento da sua vocação.

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