4º. Domingo da Quaresma – Ano C

Paróquia Santo Antônio da Lapa

Diocese de São José dos Pinhais

4º. Domingo da Quaresma C, 30 e 31 de março de 2019

Pe. Celmo Suchek de Lima

Como Pai, a única autoridade que ele quer exercer é a da misericórdia.

Henri Nouwen

A volta do filho pródigo, p.104

Como Pai, a única autoridade que ele quer exercer é a da misericórdia. A atitude misericordiosa daquele pai provocou uma incontida alegria que o levou acolher festivamente “o retorno” de um filho que se foi, e também aguardar “pelo retorno” de um filho que aparentemente sempre esteve na casa.  Essa autoridade – a da misericórdia – advém de deixar os pecados dos filhos ferirem seu coração (Henri Nouwen, p. 104), um coração humano e misericordioso. O coração do pai foi ferido pelo desejo de que ambos os filhos decidam pela festa do perdão que cura a ferida aberta.

Este é o Deus na qual eu quero crer, um Pai que, desde o início da criação, tem estendido seus braços numa bênção compassiva, nunca se impondo a quem quer que seja, sempre esperando, nunca deixando cair seus braços em desespero, sempre aguardando que seus filhos voltem, de modo que possa lhes dirigir palavras carinhosas e deixem seus braços cansados repousar sobre os seus ombros. Seu único deseja é abençoar. (Henri Nouwen, p. 105). Deus nos espera…

E não obstante, diante de tanto amor, de tanta bênção, por vezes, preferimos correr o risco de fazer mau uso da liberdade, e nos separamos conscientemente daquele que é misericordioso para conosco. É preciso a coragem de tomar consciência de retornar a Deus. É necessário decidir viver a festa do perdão que cura a ferida aberta pelo mau uso da liberdade.

O pai misericordioso não se cansa de esperar. O pai sabe que a escolha deve ser do filho, mesmo quando ele espera com as mãos estendidas (Henri Nouwen, p. 110). Neste tempo em que estamos vivendo Deus nosso Pai, com toda a autoridade, está com as mãos estendidas esperando por você e por mim.

E como Pai, a única autoridade que ele quer exercer é a da misericórdia. 

Não nos demoremos em voltar para os braços do Pai.